domingo, 27 de novembro de 2011

Você Sabia... - Você sabe qual a origem do chapéu-panamá?

Temos muitos chapéus na Feito com Jeito, com variedade de modelos, tecidos, palhas... Temos, também, chapéus-panamá.

Então, trazemos para você algumas curiosidades sobre o chapéu-panamá.

Boa leitura! 

Século 16 - O primeiro chapéu-panamáQuando os conquistadores espanhóis chegaram no que hoje em dia são as províncias de Guayas e Manabi no litoral equatoriano, registraram que os índios nativos usavam chapéus de palha que cobriam suas orelhas e pescoços. Estes chapéus se pareciam com as “Tocas”, usadas por freiras e viúvas na Europa. Então, chamaram estes chapéus de “Toquillas” e a palha usada para fazê-las, de “palha toquillas”. Rapidamente, os espanhóis também começaram a usar esses chapéus, agora chamados de “chapéu de palha toquilla”.
Século 17 - O chapéu Montecristi
Os colonizadores espanhóis usaram trabalho indígena para criar chapéus de formas européias, substituindo as “toquillas” originais. Os tecelões mais experientes estavam localizados nos povoados Jipijapa e Montecristi (província de Manabi), que rapidamente tornaram-se em centros de tecelagem e seus chapéus tomaram o nome de seus povoados. Até hoje os chapéus de Montecristi são reconhecidos como os chapéus de palha mais finos.

Século 18 - Carludovica Palmata
O uso dos chapéus de “palha toquilla” por parte dos espanhóis fez com que se tornassem populares entre a nobreza colonial. Logo, o Rei da Espanha ordenou vários tecidos de palha toquilla para sua mulher. Botânicos descobriram que a palha toquilla vinha de uma espécie de palma que só cresce na vizinhança da costa equatoriana, entre os 100 e 400 metros de altitude, e decidiram dar-lhe o nome científico de Carludovica Palmata, em honra ao Rei Carlos IV da Espanha e sua esposa Ludovica.
1836 - O primeiro negócio moderno de chapéus
Logo após a independência do Equador da Espanha, um empresário chamado Manuel Alfaro se estabeleceu em Montecristi e construiu um negócio produzindo chapéus utilizando suas próprias plantações e contratando tecelões experientes. Os negócios prosperaram e logo se encontrou exportando ao Panamá, já que este país estava se convertendo em um lugar importante para o comércio. Logo depois abriu lojas no Panamá que atraíram a atenção de muitos clientes do mundo inteiro, que começaram a associar os chapéus equatorianos com o país do Panamá.

1836 a 1845 - O chapéu cuenca
Em 1836, a cidade andina de Cuenca, na província serrana de Azuray, abriu uma fábrica de chapéus com a intenção de melhorar a economia local. Os chapéus de Cuenca se diferenciavam dos de Montecristi essencialmente pelo branqueamento da palha e pelo uso de palha mais grossa para permitir trançar um chapéu mais rapidamente. As autoridades locais estabeleceram uma oficina moderna com formas de madeira, pó branqueador, ferramentas e palha toquilla trazida da costa equatoriana. Alguns tecelões de Manabi foram morar em Cuenca para treinar qualquer pessoa que quisesse aprender. A indústria do chapéu cuencano logo prosperou e virou a atividade econômica mais importante dessa região.

1848 - A febre do ouro
Em 1848 a febre por ouro começou e pessoas correram para a Califórnia pelo caminho mais fácil na época: cruzando o istmo do Panamá. Era comum que eles comprassem os chapéus no Panamá a caminho, e a popularidade dos chapéus “Panama Hat” logo se difundiu pelos Estados Unidos. Eloy Alfaro, filho de Manuel Alfaro e depois presidente do Equador, tomou o negócio da família e, em 1849, o Equador passou a exportar 220.000 chapéus para a Califórnia.
1855 - Feira Mundial em Paris
Um francês que vivia no Panamá exibiu os chapéus na Feira Mundial de 1855 em Paris. Como o Equador não estava mencionado como um país participante os chapéus foram batizados de chapéu–panamá ou “Panama Hat.” A moda francesa logo adotou esses chapéus e mesmo o imperador Napoleão III usava um chapéu Montecristi, difundindo a moda por toda Europa.
1863 a 1898 - Cresce a exportação
O Equador continuou exportando os chapéus-panamá aos Estados Unidos e para a Europa e  expandiu seu mercado para a América do Sul, Caribe e especialmente Cuba, onde os chapéus estavam em alta demanda para os trabalhadores nas plantações de açúcar e tabaco. Cuba comprou quantidades imensas de chapéus a cada ano.


1906 - Construção do Canal do Panamá
Durante a construção do Canal do Panamá muitos chapéus foram comprados para os trabalhadores e os engenheiros americanos que chegaram ao Panamá. A popularidade cresceu no mundo inteiro quando a imprensa mundial publicou uma foto do presidente Theodore Roosevelt usando um chapéu Montecristi durante sua visita ao canal.

1944 - A Época de ouro de Hollywood
As vendas do chapéu–panamá chegaram ao seu ponto máximo em 1944 quando se tornou o maior item de exportação do Equador, parcialmente devido à desaceleração das exportações de cacau. Uma das principais razões pelo grande aumento nas vendas foi a época de ouro de Hollywood, quando muitas estrelas usavam chapéu-panamá dentro e fora da tela grande, popularizando o uso desse acessório. O chapéu-panamá apareceu em filmes como “E o vento levou,” “Casablanca” (foto) e “Cayo Largo”.

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